Dando continuidade ao texto anterior, este post
pretende servir como guia para quem ainda não leu ou procura orientação a
respeito do que tratam cada item e capítulo da obra Vigiar e Punir, escrita
por Michel Foucault e publicada, em 1975, com o título original (em francês) de
Surveiller et Punir:
Naissance de la prison.
Terceira parte: a disciplina
I. Os corpos dóceis. Neste capítulo,
talvez um dos mais conhecidos da obra, Foucault descreve toda a maquinaria (ou
microfísica) do poder, constituída por detalhes sutis e invisíveis, presente
nos séculos 17 e 18. Tal microfísica serve à produção de individualidades, ou
melhor, de indivíduos que possam cumprir funções úteis, ajustando-se a um
determinado tipo de sociedade emergente. Por exemplo, antes deste período, os
soldados eram aqueles que já possuíam de antemão um corpo adequadamente
predisposto para exercer seu ofício (isto é, conforme uma certa exigência
física), agora não necessariamente. É que a partir de então o corpo torna-se o
local de investimento de várias técnicas e mecanismos que pretendem
docilizá-lo; tornando, assim, as pessoas tão mais úteis quanto mais obedientes
e vice-versa. Para o autor, o homem objetificado (aquele do humanismo) pode ser
inventado graças à descoberta da maleabilidade do corpo. Estas relações de
poder seguem o mesmo modelo e são exercidas em diversas instituições: na
escola, no hospital, na fábrica, no quartel; embora tenham nascido,
anteriormente, nas igrejas (sobretudo em células monásticas). Ainda que haja um
esquecimento sobre este projeto social, é possível compreender que ao lado do
sonho de uma sociedade perfeita, utópica, saída da pena de filósofos e
juristas, estava também, nesta época, o sonho de uma sociedade disciplinar. O
que Foucault faz, no livro todo, é descrever este modelo e seus mecanismos,
suas engrenagens, seus discursos e práticas, sem necessariamente afirmar que
eles foram eficazes e que não havia resistência dos sujeitos (como alguns de
seus críticos argumentaram); haja vista que uma sociedade disciplinar não é o
mesmo que uma sociedade disciplinada, como aponta Vieira (2008, p. 11).
II. Recursos para o bom
adestramento. O capítulo aborda os dispositivos que se encarregariam da
eficácia do projeto disciplinar na sociedade moderna. Entre eles está o modelo
do acampamento militar, que é aplicado à extensão da sociedade e suas
instituições para constituir um grande observatório, garantindo uma vigilância
múltipla em que as técnicas de ver objetivam, na verdade, efeitos de poder sobre
aqueles que são vistos e em que “os meios de coerção tornem claramente visíveis
aqueles sobre quem se aplicam” (1999, p. 143). Para a atuação de tais
dispositivos de poder, há toda uma modificação da arquitetura, que passa a ser
construída não mais para ser vista, mas para permitir um controle daqueles que
nela estão localizados, tornando-os visíveis. “O velho esquema simples do
encarceramento e do fechamento – do muro espesso, da porta sólida que impedem
de entrar ou de sair – começa a ser substituído pelo cálculo das aberturas, dos
cheios e dos vazios, das passagens e das transparências” (p. 144). Neste
cálculo de adestramento, a distribuição de tarefas de vigilância e a
fiscalização dos funcionários que cuidam da própria instituição são partes
importantes de um sistema que se auto-sustenta. Isto é, por mais que a
instituição tenha um chefe ou um diretor, é o aparelho mesmo em seu
funcionamento que faz circular o poder, incidindo de cima para baixo, mas
também de baixo para cima. Além disso, a disciplina cria um sistema de recompensas
e penalidades contínuas para individualizar e classificar as condutas. Este
separa o mau do bom, hierarquizando os indivíduos. Mas seu intuito é
homogeneizar, ou seja, fazer com que todos se pareçam, constituindo uma
normalização. O funcionamento jurídico-antropológico moderno nasce destes
mecanismos da sanção normalizadora; o poder da norma nada mais é do que produto
das disciplinas que funcionam nas instituições deste período. Também integrando
o conjunto de mecanismos de adestramento (a maioria ainda atuante, por exemplo,
em escolas dos dias atuais), “o exame” reúne o saber e o poder num só
dispositivo de maneira bastante clara, pois permite normatizar e constituir
saber sobre o objeto. O exame possibilita escrever o indivíduo, torná-lo
visível para as ciências clínicas. “Essa nova descritibilidade é ainda mais
marcada, porquanto é estrito o enquadramento disciplinar: a criança, o doente,
o louco, o condenado se tornarão, cada vez mais facilmente a partir do século
18 e segundo uma via que é a dos mecanismos de disciplina, objeto de descrições
individuais e de relatos biográficos. Esta transcrição por escrito das
existências reais não é mais um processo de heroificação; funciona como processo
de objetivação e de sujeição. A vida cuidadosamente estudada dos doentes
mentais ou dos delinqüentes se origina, como a crônica dos reis ou a epopéia
dos grandes bandidos populares, de uma certa função política da escrita, mas
numa técnica de poder totalmente diversa” (p. 159).
III. O panoptismo. Este
capítulo se inicia descrevendo as prescrições para uma cidade, do século 18, quando
havia declaração de peste em seu território. Uma quarentena se montava: indivíduos
trancados em suas casas, intendentes e “síndicos” vigiando, produção contínua de
relatórios escritos e orais. Nesse sistema de exceção, a cada habitante é dada
uma função, anota-se “o nome, a idade, o sexo, sem exceção de condição” [...]
“tudo o que é observado durante as visitas, mortes, doenças, reclamações,
irregularidades, é anotado e transmitido aos intendentes e magistrados” (p.
163). Se o modelo gerado pela lepra foi o Fechamento (como Foucault apresenta
em História da Loucura na Idade Clássica),
o da peste é a sociedade disciplinar. Um coletiviza e agrupa, outro
individualiza e recorta. A figura arquitetural dessa composição é o “panóptico”
de Jeremy Bentham. Este consiste em um anel na periferia, dividido em celas que,
por sua vez, possuem janelas interna e externa onde a luz entra; e uma torre no
centro, para observar as “individualidades” e fazê-las acreditarem que estão
sendo observadas todo tempo. Tal mecanismo visa assegurar um funcionamento
automático do poder. É interessante ressaltar que este laboratório de
experiências com seres humanos torna o local de poder, também, uma instância de
saber. Isto se aplica a toda a sociedade. O panóptico tem como objetivo se
difundir por todo o corpo social. E há motivos contextuais para tal: multiplicidade
dos indivíduos na explosão demográfica, crescimento do aparelho de produção,
resposta ao sistema representativo (um “lócus” em meio à despersonalização do
poder), formação do saber e majoração do poder em processo circular do séc. 18
(por ex: hospital, escola, oficina deram possibilidade do surgimento da
medicina clínica, psiquiatria, psicologia da criança, psicopedagogia,
racionalização do trabalho, etc.).
Quarta parte: a prisão
I. Instituições completas e
austeras. Aqui Foucault resume a tese principal de seu livro ao mostrar que
antes da prisão ser inaugurada como peça das punições, ela já havia sido
gestada na sociedade a partir do momento em que os mecanismos de poder
repartiam, fixavam, classificavam, extraíam forças, treinavam corpos,
codificavam comportamentos, mantinham sob visibilidade plena, constituíam sobre
eles um saber que se acumulava e se centralizava sobre os indivíduos (p. 195).
Por isso a prisão surge como algo inevitável, por mais que existissem outros
projetos de punição de reformadores, por mais que ela recebesse críticas sobre
sua ineficácia e seu perigo – desde seu nascimento. Esta instituição penal
surge para ser a coação de uma educação total, para possuir uma disciplina
onipresente a fim de transformar o indivíduo pervertido. Suas técnicas de poder
passam principalmente pelo “isolamento” (sobretudo nos modelos americanos que
eram baseados nos monastérios), logo, a “solidão”, a tentativa de “autorregulação
pela reflexão” e o “trabalho” (sendo que este último gerou controvérsias entre
os operários da época; contudo, é preciso ressaltar que o mesmo não visava
lucro e sim o efeito sobre os corpos e as almas dos presos). Neste sentido, a
pena é feita para ser regulada por ela mesma durante o processo de transformação,
não havendo uma relação necessariamente direta entre crime e castigo. O
processo de ascensão e consolidação do sistema prisional produz uma diferenciação,
essencial, entre infrator e delinquente. Ao contrário do primeiro, este último
está ligado ao seu crime por um feixe de relações prévias, instintos,
histórico, comportamento, classe e etc. Embora o correlativo da justiça penal
seja o infrator, o do aparelho penitenciário é o delinquente – unidade
biográfica, núcleo de periculosidade, representante de um tipo de anomalia (p.
213); pode-se dizer que ele, o delinquente, é uma invenção do sistema penal. Aquele
não existe antes deste.
II. Ilegalidade e delinquência.
Ainda na primeira metade do século 19, na França, a cadeia se misturava com a
prática do suplício. A cadeia era, na verdade, um carro que seguia por diversas
cidades levando o condenado atrelado a instrumentos de tortura. A multidão
participava desta “festa do suplicio”, gritando e xingando, podia ser contra o
criminoso ou contra o excesso da punição. Ao mesmo tempo em que era repudiado,
o criminoso participava também da festa, ganhava ares de notoriedade, uma vez
que os jornais contavam seu nome e sua história antes dele chegar à cidade.
Essa festa reservava prazeres que nem a liberdade concedia, por exemplo,
cânticos coletivos de uma estranha inversão do código moral (exaltação do
criminoso, rebaixamento dos poderes constituídos). Devido a tal fato, o
carro-cadeia foi substituído pela carroça celular, que imitava um panóptico
ambulante. Pouco tempo, este deu lugar à prisão mais ou menos no formato em que
a conhecemos hoje. Foucault ressalta que a prisão já apareceu cercada por
críticas e desconfianças: ela não diminuía a taxa de criminalidade, mas aumentava;
provocava reincidência (inicialmente 38% e aumentando); fabricava delinquentes,
sobretudo por não tratá-los como seres humanos e abusar do poder, assim,
tornando-os coléricos; havia corrupção, medo e incapacidade dos guardas,
especialmente para manterem sua segurança; exploração do trabalho penal, como
venda de prisioneiros como escravos; organização do crime, solidariedade e
hierarquia entre os criminosos; as condições de identificação e vigilância dos
ex-detentos os levavam a praticar novos crimes. Até hoje as críticas são as
mesmas: a prisão ao tentar corrigir não pune; a prisão gasta muito para fazer
um trabalho ineficaz. E a resposta é a mesma também: deve-se fazer exatamente o
que está no roteiro para que a instituição seja eficaz: principio da correção; da
classificação; da modulação das penas; do trabalho como obrigação e como
direito; da educação penitenciária; do controle técnico da detenção; das
instituições anexas. “O sistema carcerário junta numa mesma figura discursos e
arquitetos, regulamentos coercitivos e proposições científicas, efeitos sociais
reais e utopias invencíveis, programas para corrigir a delinquência e mecanismos
que solidificam a delinquência. O pretenso fracasso não faria então parte do
funcionamento da prisão?”, questiona o autor (p. 225). Tentando perceber algo
que não é explicitamente dito, Foucault afirma que há uma utilidade nos
fenômenos que a crítica à prisão denuncia (isto é, na manutenção da delinquência,
indução a reincidência, transformação do infrator ocasional em delinquente): é
que os castigos não objetivam suprimir as infrações, mas distingui-las,
distribuí-las, utilizá-las; trata-se de uma tática geral das sujeições, visando
uma dominação, uma administração das infrações e não exatamente um aparelho
para tornar dóceis os que praticam os crimes. Tendo em vista o tratamento
diferenciado (tolerância ou intolerância) aos delitos praticados por um
indivíduo se pertencente a uma classe ou não, ou se possuidor de um determinado
tipo de histórico que justificaria sua natureza ou não, para Foucault não há
uma separação entre ilegalidades e legalismo, mas entre ilegalidade e delinquência.
O maior objetivo da prisão foi ter fabricado a delinquência, fazendo-a
legítima, aceita, por isso até hoje a prisão perdura. Concomitantemente, os
jornais, os noticiários e a literatura constituíam a estética do crime que
ajudava a legitimar a “produção da delinquência”. Mas, por outro lado, existia
também um contra-noticiário que jogava com os fatos dos crimes, mostrando a
devassidão e a miséria espiritual em que viviam os burgueses, colocando culpa
na sociedade pelos desfalecidos e criminosos das classes populares. Um exemplo
é o jornal fourierista La Phalange,
que Foucault redescreve o diálogo entre um infrator de 13 anos e o juiz. Ali o
autor quer mostrar as lutas sendo praticadas na sociedade. De alguma forma, se
o juiz fosse o indivíduo das classes populares estaria ele sofrendo os efeitos
do poder da classe dominante e o garoto “infrator” ocupando seu lugar.
III. O carcerário. Foucault data
a formação completa do sistema carcerário francês em 1840, ano de inauguração
de Mettray (instituição para detenção de jovens infratores condenados) ou no
dia em que um menino infrator lamentou sua saída da mencionada colônia penal
(talvez dando a prova da eficácia do sistema disciplinar que lá funcionava).
“’A mínima desobediência é castigada e o melhor meio de evitar delitos graves é
punir muito severamente as mais leves faltas; em Mettray reprime-se qualquer
palavra inútil’; a principal das punições infligidas é o encarceramento em
cela; pois ‘o isolamento é o melhor meio de agir sobre o moral das crianças; é
aí principalmente que a voz da religião, mesmo se nunca houvesse falado a seu
coração, recebe toda a sua força e emoção’; toda a instituição parapenal, que é
feita para não ser prisão, culmina na cela em cujos muros está escrito em
letras negras: ‘Deus o vê’” (p. 243). Este é o princípio essencial do
panóptico, sentir-se vigiado mesmo quando ninguém está vendo, coagido a fazer o
correto e seguir a norma. Em Mettray, os chefes e subchefes não agem como pais,
juízes, professores, contramestres, mas são um pouco de cada um. Na expressão
do autor, são ortopedistas da individualidade. Interessante notar que para
trabalharem no local, os chefes e subchefes precisam dominar uma técnica
disciplinar que eles apreendem quando são submetidos a um treinamento que
consiste em fazê-los sofrer coisa semelhante aos infratores. Por fim, os
chamados efeitos do carcerário são os seguintes: espraiamento de poderes
disciplinares no corpo social; recrutamento dos grandes delinqüentes e a
produção destes; criação da legitimidade de punir e disciplinar; invenção de
uma relação íntima entre natureza e lei, a norma; criação de um saber que
objetiva o comportamento humano, através da observação contínua via panóptico (e
de sua relação com as ciências humanas); isso explica sua continuidade sólida
diante do pretenso fracasso da prisão. Contudo, e apesar de toda esta
maquinaria descrita, Foucault encerra o livro com um texto anônimo publicado no
jornal La Phalange, de 1836, para
mostrar que estes mecanismos apresentados em Vigiar e Punir não são o funcionamento unitário de um aparelho
(finalizado e vencedor), mas são estratégias postas em uma batalha que até hoje
não cessou.
Referências:
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir:
o nascimento da prisão. 20ª ed. Tradução Raquel Ramalhete. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1999.
VIEIRA, P. P. Pensar
diferentemente a história: o olhar genealógico de Michel Foucault em “Vigiar
e punir”. Campinas-SP: [s.n.], 2008.
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Muito bom.
ResponderExcluirObrigado, Aryeh Ben!
ExcluirExcelente texto! Parabéns!
ResponderExcluirValeu, Gleyva!
ExcluirCom relação à disciplina, destacada na terceira parte do texto, lembrei de um discurso da filósofa Viviane Mosé, no qual ela compara a escola a uma fábrica, as matérias a uma linha de montagem e assim por diante. Esse modelo de conhecimento inflexível não visa a formação do saber crítico, o que ocorre também dentro das penitenciárias. O trabalho do Foucault é ótimo para refletir a sociedade hoje, principalmente por ter um conteúdo tão diversificado.
ResponderExcluirO blog é muito bom, parabéns!!
Sim, a escola ainda segue um modelo de ensino semelhante à linha de produção fordista. E neste caso não importa tanto o conteúdo que está sendo construído/transmitido, porém a forma, ou melhor, os mecanismos através dos quais essa relação de aprendizado acontece. Um historiador brasileiro, Albuquerque Júnior, escreveu sobre isso em "Por um ensino que deforme". Fiz resenha de seu texto aqui: http://tempossafados.blogspot.com.br/2013/03/fim-da-escola-o-comeco-da-liberdade_4.html
ExcluirObrigado pelo comentário, Ivana.
Abraços!
Está muito Claro. Os meus Parabéns.
ResponderExcluirValeu, Victorino!
ExcluirMas que página maravilhosa ! Estou lendo seu resumo sobre Vigiar e Punir (Depois de ler apenas 10% do original). Excelente resumo e uma seção de comentários de alto nível, que foge do padrão inócuo, comum a maioria dos sites. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado. Fico feliz que tenha sido útil. Abraços!
ExcluirAJUDOU MUITO OBRIGADA
ResponderExcluirResumo incrível. Estou tentando - aos trancos e barrancos- realizar minha monografia de pós-grad sobre os sistema carcerário no Brasil. Sendo como leitura obrigatória a obra de Focault. O livro em si possui uma linguagem complexa, Focault tem suas peculiaridades e conceitos próprios, que só vamos compreender ao longo da leitura. Este resumo fechou com chave de ouro, condensou de forma cirúrgica o objetivo da obra. [Facilitou a minha revisão]
ResponderExcluirTomei a liberdade de reunir todo o resumo em um arquivo de PDF, espero que não se importe.
Armazenado Google Drive : https://drive.google.com/file/d/0BwiDj8SNPMM4NWFJYUVRUUJQVzA/view?usp=sharing
att,
Abraço.
Pode espalhar a vontade, Paulo. Fico contente de ter contribuído para sua leitura do autor. Abraços e bom trabalho aí.
ExcluirRealmente impressionado com o conteúdo e com o competente "autor" obrigado.
ResponderExcluirValeu pela força, Josh!
ExcluirParabéns para o autor do resumo. Muito completo, bem escrito, raramente encontra-se resumo de qualquer outro livro neste mesmo nível.
ResponderExcluirContente em poder ter sido útil, Luiz. Abraços!
ExcluirObigado pelo excelente trabalho. Estou estudando para a prova do mestrado em sociologia da UFPB. Este livro é leitura obrigatória, teu resumo foi extraordinário! Nem preciso ler o livro.
ResponderExcluirDe: Paula Tejano
ResponderExcluirParabéns pelo resumo. Encantada em saber que não vou perder meu tempo se tirar algumas horas de leitura para esse livro.
Cara isso foi muito bom, obrigada por escrever
ResponderExcluir